terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ensino Mútuo: um velho método que ainda dá bons resultados

Num projeto desenvolvido pelos professores de matemática Samuel Zanata e Flavio Massariolli, os alunos puderam colaborar com seus colegas e superara problemas de aprendizagem e indisciplina. Além dos resultados no ensino, o projeto ainda serviu de base para uma pesquisa dos alunos envolvidos no Decatlo Acadêmico da UNIMEP. Abaixo os pontos principais:

Título: O ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZADO – samu (SISTEMA DE APRENDIZAGEM MÚTUO UNIFICADO)

Equipe de alunos:
CAIO ALVES DE MOURA, CAIQUE AUGUSTO CAMARGO DE ANDRADE, DARLAN SANTANA, MASSILÂNIA BEZERRA DE OLIVEIRA, MAYNÁ CASINI FERREIRA, RODRIGO FESSEL
Professor Orientador: SAMUEL ZANATTA

RESUMO

O SAMU – Sistema de Atendimento Mútuo Unificado foi uma maneira de criar maior interesse dos alunos pelas aulas de matemática, resgatando a estratégia do Ensino Mútuo nos princípios de Comenius (1592-1670). Foram envolvidos alunos do 6º e 9º ano do Ensino Fundamental e das três séries do Ensino Médio, sendo que os alunos atuaram como monitores em suas próprias salas, a exceção dos alunos da 3º série do Ensino Médio que auxiliaram os do 6º ano. Denominamos metaforicamente os monitores de “enfermeiros” que ficaram responsáveis por um grupo de alunos com dificuldades, denominados “pacientes”. O objetivo era suprimir as dificuldades nos ensino de matemática geradas pela carência de um atendimento individualizado e pelo obstáculo que a linguagem do professor pode ser para o entendimento de alguns alunos, além dos problemas com indisciplina relacionados a falta de aprendizagem. Os resultados demonstram que houve melhora nas médias de Matemática em quase todas salas envolvidas, mas também apontou alguns entraves, como a falta de envolvimento e aceitação da classe em relação ao projeto.

Alguns dos Resultados:
As atividades do SAMU se iniciaram no segundo bimestre de 2011. Assim, é possível fazer uma comparação com o primeiro bimestre do ano para verificar se essa metodologia de ensino foi eficaz nas salas que estavam envolvidas.
Como parâmetro de análise utiliza-se os gráficos das médias por área e da quantidade de notas abaixo de 5(cinco) das classes envolvidas nos dois primeiros bimestres.
  No primeiro bimestre, na 1a série A do Ensino Médio a média de matemática da sala encontrava-se em torno de 5,5. Nota-se que, dentre todas as áreas, a do ensino de matemática é a que apresentava a menor média, demonstrando certa dificuldade dos alunos perante o assunto tratado. Porém, quando analisa-se o segundo bimestre, vê-se que a média da sala passou a ser 6,0 . Ainda, que o número de notas abaixo de cinco reduziu consideravelmente, bem mais do que as outras áreas 
Também houve um aumento da média de notas de Matemática no 1a série B 
 Porém, houve uma pequena redução na quantidade de notas abaixo de 5 , sendo que neste caso encontramos uma forte indisciplina  durante o Ensino de Matemática.
Matemática
Ciências Humanas
Ciências da Natureza
Linguagens e Códigos

Quando comparado com outras áreas, nota-se que apenas em Matemática houve uma melhora tanto de média como de notas abaixo de 5, pois nas outras áreas tem-se um aumento considerável do primeiro para segundo bimestre.


Sendo assim, fica a dica par aos coordenadores e professores que quiserem uma alternativa para lidar com a dificuldade de lidar com muitos alunos e com defasagens acumuladas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Síntese do Currículo do Ensino Médio

Como Coordenador Pedagógico, uma das principais funções que exercemos é a orientação do trabalho dos professores em relação ao currículo. Sendo assim, temos que conhecer este documento de uma forma ampla, muito além da seção da disciplina que somos formados, mas ai surge um problema, os currículos  de cada área estão dispersos nos respectivos livros.
Como tive que fazer uma síntese dos conteúdos do Ensino Médio para incluir no Plano de Gestão de Minha escola, estou disponibilizando a mesma para que quiser agilisar o trabalho.
Segue o link: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B7a4sfIXFt0lOWUxMTQ3MTAtYzlhZi00MTFlLThlODktOWQ3ODg2NDczNmQ5&hl=en_US
Bom uso!
Prof. Coord. Thiago T. de Souza

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um prêmio a falta de educação



A família é sem duvida uma das instituições mais antigas da nossa sociedade, mas também uma das que mais vem sendo desestruturada nos últimos anos. Dados do IBGE indicam que, apesar da taxa de fecundidade (quantidade de filhos por mulher) estar diminuindo, há uma faixa da população onde ela continua alta: as mulheres entre 15 e 19 anos com baixa escolaridade. Além disso, o número de separações e divórcios também cresceu 7,7% no último ano.
Estes fatos, somados ao aumento da carga de trabalho e ao descompromisso  de alguns responsáveis em relação a educação de seus filhos acaba descarregando uma imensa carga de responsabilidade em outra instituição: a escola. Esta, além dos problemas estruturais que carrega historicamente para transmitir conhecimentos ainda tem que lidar com muitos problemas ligados a falta de valores e má conduta de alguns alunos, ou seja, a falta da educação que deveria vir de casa.
Os educadores e Gestores ficam pressionados de todos os lados, ora é o governo ou os patrões que querem resultados, ora são as famílias que transferem responsabilidades para a instituição, ora são os próprios alunos que, carente de atenção e limites fazem de tudo para chamar a atenção.
Mas o problema não acaba aí, como coordenador, participo das reuniões em que são tecidas orientações ou aplicadas punições aos alunos que tem comportamento inadequado ou que trazem prejuízo a aprendizagem de seus colegas.  Acontece que é cada dia mais comum as famílias fecharem os olhos para os problemas de seus filhos e acusarem a escola de perseguição ou imparcialidade. Mesmo diante de fatos comprovados por várias testemunhas e inclusive pelos próprios alunos, muitos pais preferem “passar a mão na cabeça” de seus filhos a admitirem que tem um problema e enfrentá-lo.
Depois, ao nos depararmos com índices absurdos de violência entre jovens, casos extremos de bullyng, números cada vez maiores de drogados muitos podem dizer: “ como a educação está ruim!” ou “será que a escola não está ensinando nada!”. Realmente, nestes casos em que a escola pune e os pais fazem de tudo para impedir a punição, dificilmente estes jovens estarão aprendendo alguma coisa sobre valores e regra.
Prof. Coord. Thiago Tavares de Souza 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Plano de Ação: Conhecer, pensar e AGIR

O trabalho pedagógico deve ser pensado a longo prazo, mas se adequar as demandas que surgem no decorrer do processo. Para que este planejamento seja e adequações sejam articulados com toda a equipe docente é preciso que o coordenador pedagógico tenha uma boa visão do conjunto e dos objetivos a serem perseguidos. 
Neste esforço e pensando também na articulação das atividades da escola em torno de fins comuns, elaboramos um plano de ação. A apresentação deste plano foi a base do nosso replanejamento e pretendemos fazer uma avaliação das metas alcançadas ao fim do ano para direcionarmos o planejamento do próximo ano letivo. Assim sempre teremos clareza da situação da escola, das ações desenvolvidas e os resultados positivos e negativos destas.
Este plano, que compreende quatro partes (diagnóstico, metas, eixos de atuação e ações), serve tanto para que toda a comunidade escolar tenha ciência dos problemas e metas da escola, quanto para organizar as atividades de cada setor e servir como parâmetro de avaliação do trabalho desenvolvido.
Para fazer o diagnóstico geral da situação e desafios da escola lançamos mão de 3 recursos: reuniões direcionadas nos HTPCs, pesquisa de opinião com os alunos e levantamento dos dados estatísticos de desempenho e faltas a partir das planilhas de notas. Com isso obtivemos clareza dos pontos fortes e dos problemas a serem enfrentados.
Num segundo momento estabelecemos as metas a serem perseguidas no semestre atual, que servirão ao fim do ano para reavaliarmos o trabalho desenvolvido e refletirmos sobre o que funcionou ou não.  
Por fim chegamos a definição dos eixos de atuação onde o trabalho será direcionado e as ações a serem desenvolvidas por professores, alunos e gestores para que as metas sejam atingidas.
Acreditamos que com isso poderemos ter critérios bastante objetivos tanto de avaliação quanto de planejamento do trabalho pedagógico. 
Fica a dica.
Prof. Coord. Thiago T. de Souza

terça-feira, 28 de junho de 2011

INDISCIPLINA - um sistema para enfrentar o problema

Os problemas de indisciplina na escola afetam bastante a parte pedagógica e o trabalho do coordenador. Sendo assim, mesmo essa função não estando vinculada ao coordenador, é frequente que ele tenha que tratar disso. Pensando nisso, e na superação deste problema, criamos em conjunto com a equipe gestora e o corpo docente uma sistema para lidar com indisciplina, descrito abaixo:

  • As ocorrências coriqueiras, como alunos que não trazem o material, ficam jogando aviãozinho ou andando pela sala devem ser registradas no DIARIO DE CLASSE, no campo 11 - "Generalidades". Para agilizar este tipo de registro propomos a tabela de advertências abaixo:
  •                          1- Desrespeito verbal ao professor                 6- Aluno foi dispensado
                            2- Desrespeito verbal ao colega                        7- Saiu da sala e não voltou
                            3- Não Realiza as atividades                              8- A CRITÉRIO DO PROFESSOR
                            4- Atrapalha a aula                                                9- A CRITÉRIO DO PROFESSOR
                            5- Agressão Física ao colega                             10- A CRITÉRIO DO PROFESSOR 
    Assim o professor registrara as ocorrências conforme o exemplo abaixo:
                      Data                                Ocorrência(s)                               Envolvido(s)                                 Assinatura(s)
    EX:          02/08                                    3, 4                                               João e José                                         João, José
    (Este exemplo quer dizer que os alunos João e José não estavam realizando as atividades e atrapalhando a aula, e vale como uma advertência por escrito) 

    Depois, criamos o Livro de Ocorrências, um caderno para cada sala no qual são registradas as ocorrências mais graves e os casos de reincidência nos mesmos moldes da advertência do DIÁRIO DE CLASSE. Inicialmente o caderno vem em branco, sendo que cada aluno que cometer alguma infração dentro dos parâmetros do Livro de Ocorrências ganhará uma folha, onde serão registradas todas as suas ocorrências até o final do ano. 
    Além disso, a primeira folha do caderno é destinada a um indice onde quem for registrar a ocorrência poderá localizar se o aluno já tem uma ficha aberta ou em qual página ela está. Assim fica fácil para todos que utilizarem o caderno: O Professor quando requisitá-lo, A direção quando precisar mostrar para os pais o que o filho tem feito e, quando a escola tiver, o professor Mediador que o utilizará para entrar em contato com os alunos indisciplinados para conscientizá-los.
    Outro ponto forte do Livro de Ocorrências é que através de um levantamento dos dados nele podemos saber quais são as salas e os alunos  mais indisciplinados, as ocorrências mais comuns, os professores que mais requisitam o livro, além de poder fazer um acompanhamento bimestre a bimestre da indisciplina para direcionar ações.
    Por fim, durante as reuniões de pais, os responsáveis pelos alunos deverão tomar ciência das ocorrências que os envolvem e assinar, para que, caso a escola precise tomar medidas mais drásticas possa ter um registro da comunicação dos fatos. 

    Fica a dica, quem quiser mais informações entre em contato pelo e-mail do blog.

    Prof. Coord. Thiago T. de Souza


    PS:Uma preocupação que a Equipe gestora deve ter é com a conscientização dos professores quanto ao uso do Livro de Ocorrências, para que este não vire uma "muleta" e assim seja banalizado pelos alunos e assim perca seu "peso disciplinador"

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Uma proposta para Organização de um Provão na Escola

Devido as demandas de avaliações externas, vestibulares e concursos, cada dia é mais importante preparar nossos alunos para exames unificados, ou seja, provas geralmente de múltipla escolha envolvendo as diversas áreas do conhecimento. Pensando nisso, várias escolas aplicam simulados, o que as vezes sobrecarrega a coordenação que fica responsável por organizá-lo.
Nesta perspectiva e baseada na experiência bastante positiva que tivemos neste ano, gostaria de compartilhar o modelo de organização que seguimos:

Quanto as questões:


  • Cada professor elaborou 2 questões para cada aula que ele tinha na sala por semana. Ex: no ensino fundamental são 3 aulas de Geografia por semana, assim o professor desta matéria elaborou 6 questões.
  • Todas as questões tiveram 5 alternativas
  • Todas as questões tiveram que ser entregues digitadas com 15 dias de antecedência e já com o gabarito, visto o tempo necessário para montar e imprimir as provas.
Quanto a organização da prova:
  • As questões foram divididas entre Exatas e Humanas. No Ensino Fundamental elas foram agrupadas e separadas por disciplina, já no médio não houve separação, lembrando o modelo do ENEM. Em ambos os casos a numeração foi corrida para facilitar o uso do gabarito.
  • todos os professores tiveram que considerar as notas no geral, sem divisão por disciplina, o que se tornou a única avaliação que considerou a totalidade do aluno
  • Os alunos receberam o gabarito apenas após 1:30h do inicio da prova, para que fossem compelidos as não "chutar" as respostas
  • Para não perder o dia letivo, as provas começaram depois do intervalo e os aluno foram dispensados após o término.
Quanto a correção e aos resultados:
  • Para agilizar a correção, fizemos uma máscara com os gabaritos, que tornou a correção rápida e eficiente.
  • As notas foram convertidas com base nas tabelas abaixo:
Ensino Fundamental
(acertos no provão)
NOTA

Ensino Médio – manhã
(acertos no provão)
NOTA

Ensino Médio – noite
(acertos no provão)
NOTA
50 – 54
10

55 – 60
10

46 – 50
10
45 – 49
9

49 - 54
9

41 – 45
9
40 – 44
8

43 -48
8

36 – 40
8
35 – 39
7

35 – 42
7

31 – 35
7
30 – 34
6

31 – 36
6

26 – 30
6
25 – 29
5

25 – 30
5

21 – 25
5
20 – 24
4

19  - 24
4

16 – 20
4
15 – 19
3

13 – 18
3

11 – 15
3
10 – 14
2

7 – 12
2

6 – 10
2
5 – 9
1

1 – 6
1

1 – 5
1
0 - 4
0

0
0

0
0

















Desta forma conseguimos apresentar os resultados do provão apenas 3 dias após a prova.
Os dados foram digitados em uma planilha do Excel, o que nos permitiu fazer um ranking dos melhores alunos e das melhores salas, dados que foram colados em todas as salas para que eles pudessem perceber seu desempenho e o da sua sala em relação as outras.

Para terminar premiamos com medalhas os 3 melhores de cada sala, o que surtiu um efeito bastante positivo. Além disso discutimos todos os dados no HTPC, já que a avaliação foi uma ótima ferramenta de diagnóstico das dificuldades da escola.

Quem quiser, fique a vontade para utilizar e adaptar o modelo.

Profs. Coord. Thiago e Priscila